Humberto ressalta levante popular
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O líder do PT no Senado, Humberto Costa, destacou, hoje, em discurso
na tribuna do plenário, a série de atos organizados por movimentos
sociais que começaram a ocorrer no Brasil em favor do Estado Democrático
de Direito e contra o risco de retrocesso institucional no país.
Ontem, em Brasília, ao lado do ex-presidente Lula, Humberto
participou do início a Marcha das Margaridas, a maior manifestação pelos
direitos das mulheres em todo o mundo, com mais de 70 mil pessoas. São
mulheres que, segundo o parlamentar, inundaram as ruas do centro da
capital federal nesta quarta para defender a democracia e lutar por uma
pauta de reivindicações.
A presidenta Dilma Rousseff, que abre o Palácio do Planalto nesta
quinta-feira para um grande ato público com mais de mil representantes
de cerca de 50 entidades, decidiu encontrar as camponesas, no Estádio
Mané Garrincha, para apresentar as propostas do Governo Federal às
campesinas.
“É muito animador notar que o povo brasileiro – e a recente atuação
de legítimos e representativos movimentos sociais do país ilustra bem
isso – está dando início a um levante em defesa da democracia e contra o
golpismo que alguns setores tencionam colocar em curso”, declarou
Humberto.
Já na próxima sexta-feira, o presidente Lula voltará a Brasília para
realizar um enorme ato em defesa da educação. A ideia é divulgar e
explicar ainda mais o Plano Nacional de Educação para que chegue ao
conhecimento de todos os brasileiros. Para Humberto, é preciso que os
cidadãos se apropriem desse importante programa para o futuro do país,
que foi transformado em carro-chefe da segunda gestão de Dilma sob a
bandeira da Pátria Educadora.
Por fim, no dia 20, quinta-feira da semana que vem, movimentos
sociais em defesa da democracia e contrários ao retrocesso conservador
que ameaça o país voltarão às ruas, num grande ato em dezenas de cidades
brasileira.
Na avaliação do líder do PT, todas essas movimentações "repudiam as
tentações golpistas e propostas ilegais levantadas por setores que
querem afundar o Brasil numa crise política".
O senador afirma que não se espera de quaisquer desses movimentos a
defesa de governos, mas que é igualmente inaceitável que qualquer um
deles defenda a derrubada de governantes legitimamente eleitos. “Isso
seria um atentado ao Estado democrático de Direito, uma quebra da ordem
constitucional”, ressaltou.
O parlamentar parabenizou a CUT, a UNE, o MST, a Contag, a Marcha das
Margaridas e o Conselho Nacional de Igrejas Cristãs, que, num gesto de
responsabilidade e elevada estatura política, segundo ele, estenderam a
mão ao diálogo e vão às ruas para defender o Brasil, a democracia
brasileira e as históricas conquistas sociais que alcançamos.