Protegida
por um escudo humano de soldados do Batalhão da Guarda Presidencial,
enquanto 6o mil manifestantes ocupavam a Esplanada dos Ministérios e
avançavam contra prédios públicos, como o Itamaraty, a presidente Dilma
Rousseff fez seu primeiro diagnóstico ao se ver surpreendida pelas
dimensões dos protestos na capital federal e pelo País: a inteligência
do governo não funcionou.
Incapaz de
fornecer à presidente informações antecipadas sobre os ramos e extensão
da mobilização, o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional
(GSI), general José Elito Siqueira, tornou-se uma peça obsoleta na
estrutura palaciana. Já na sexta-feira, assessores de Dilma manifestavam
irritação com o chefe da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).
O prestígio
do general incinerou-se com rapidez. Elito ficou de fora das reuniões,
nas quais Dilma aguardava reações das ruas para decidir se faria um
pronunciamento à Nação e qual o melhor tom a ser adotado. A presidente
considerou inaceitável que nem mesmo uma mobilização feita pelas redes
sociais, de forma transparente, às quais qualquer um poderia ter acesso,
foi objeto de atenção da “tropa de Elito”. (Estadão)
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