Artigo especial: indicação pode ser prejudicial à educação pública
Em
pleno século XXI, a política da troca de voto por cargo público ainda predomina
no Brasil. Uma ação que parte dos gabinetes dos gestores públicos pode ser
bastante prejudicial à educação pública.
Imagine
os senhores pais de alunos, estudantes e professores, que o diretor e demais
servidores das secretárias das escolas da sua comunidade, se indicados pelo prefeito,
vereador, governador, deputado ou secretario; pode ser simplesmente um cabo
eleitoral que nunca teve se quer a vocação de atuar na área de educação.
Em
uma recente pesquisa oline e por telefone, este sociólogo ouviu oitenta pessoas
entre alunos, professores e pais, distribuídas em 10 prefeituras de cinco
estados do Brasil.
Veja o resultado:
81%
das escolas municipais incluídas as estaduais nos municípios pesquisados tem
seus diretores (a) e equipe de secretaria indicados por prefeitos, vereadores,
governadores ou deputados, restando apenas 19% das unidades escolares com seus
cargos de direção preenchidos através de eleição direta envolvendo as
comunidades.
Nas escolas com diretores indicados por políticos
detentores de cargos eletivos, o índice de reprovação das gestões escolares de
acordo com a pesquisa é de 78%.
Uma
informação que não constava no questionário da pesquisa, mas que foi abordada
por vários entrevistados, foi à existência de pessoas ocupando cargos em
secretárias de escolas sem a menor experiência na área de educação. Servidores
contratados sob indicação para cargos comissionados que se quer chegaram a
concluir o ensino fundamental.
Esta
é uma triste realidade que infelizmente entristece os brasileiros que sonham
com a transformação do país através da educação. Essa indústria de voto que
fere os princípios da educação básica do Brasil é vergonhosa e precisa ser
combatida através de Lei federal que obriguem todas as escolas da educação básica
a realizar eleição para escolha dos seus diretores entre profissionais da
educação, devidamente efetivado.
O gestor
público ou parlamentar que se opõe a eleição direta para diretores de escolas. Está
se posicionando a favor da desorganização das unidades escolares e conseqüentemente
de uma política ultrapassada e antidemocrática do favoritismo e beneficiamento
de cabos eleitorais.
Se
você cidadão ou cidadã, brasileiro ou brasileira! For uma vitima dessa política
de favoritismo, seja aluno, professor, ou pai de aluno, não fique calado. Procure
a prefeitura, vá ao governo do estado, ao parlamento e a imprensa. Denuncie, e
exija eleição direta para escolha dos diretores da escola da sua comunidade.
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