Planalto tenta aproximação com deputados insatisfeitos |
Agência Brasil. O Palácio do Planalto prometeu descobrir quais ministérios deixaram de executar os valores de emendas parlamentares ao longo do ano passado. A Secretaria de Relações Institucionais (SR) da Presidência da República e a liderança do governo na Câmara dos Deputados não confirmam o valor que deixou de ser usado, mas garantem que os ministérios vão explicar aos parlamentares o que impediu a liberação do dinheiro. “Os ministérios têm que cumprir com o que a secretaria acordou. O governo deu razão para os líderes. Ou foi deliberado [a não execução dos valores] ou [o ministro] não cuidou direito da pasta. Avalio que cada ministério terá que fazer um remanejamento e realocar suas próprias verbas. Não podem transferir isso para o Tesouro [Nacional] ou para a SRI”, disse Arlindo Chinaglia, líder do governo na Câmara Federal. A promessa do governo aos parlamentares foi anunciada hoje (25) pela ministra Ideli Salvatti (Relações Institucionais), durante reunião com líderes dos partidos da base aliada do governo. A principal tarefa da ministra foi reforçar a mensagem do governo, que quer restabelecer a harmonia na relação com o Congresso Nacional. Desde a semana passada, líderes de oito partidos da base (PMDB, PP, PSC, PDT, PTB, PR, PSD e PROS) e um da oposição (SDD) começaram a se articular para criar uma pauta de projetos prioritários na Câmara dos Deputados, independentemente da vontade do Planalto. Os deputados declararam que a medida seria uma forma de “forçar” uma retomada do diálogo entre governo e parlamentares. Menos de uma semana depois, o PSD anunciou a saída do grupo. Desde o início da tarde de hoje, os partidos insatisfeitos estiveram reunidos na casa do líder do PMDB, Eduardo Cunha. O líder do bloco PP/PROS, Eduardo da Fonte, explicou que não há indisposição na relação com o governo. “Estamos conversando para estabelecer e aprofundar o diálogo”, garantiu. O presidente da Câmara Federal, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), também afastou resistências. “O que está havendo é uma insatisfação muito grande, porque a pauta está trancada há quatro meses. Estamos sem legislar e ficamos recorrendo a propostas de emenda à constituição, que não é o melhor caminho. O movimento não é contra a presidente Dilma Rousseff, é para fortalecer os partidos”, garantiu. |
terça-feira, 25 de fevereiro de 2014
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