Arábia Saudita: Líder islâmico pede destruição de todas as igrejas cristãs da região
O sheikh Abdul Aziz Bin Abdullah
declarou à imprensa árabe que “é necessário destruir todas as igrejas da
região”, o líder religioso é o Grande Mufti da Arábia Saudita, o que
representa um dos graus máximos da hierarquia do islã. É do Mufti a responsabilidade de interpretar a
Sharia, a lei islâmica.
O sheikh deu a declaração quando
questionado sobre o posicionamento do parlamento do Kuwait, que afirmou
que nenhuma igreja deveria ser construída no país, entretanto o Grande
Mufti exortou que “o Kuwait é parte da Península Arábica e, por isso, é
necessário destruir todas as igrejas do país”.
Seu posicionamento foi embasado no
Haith, que é o conjunto de leis e histórias sobre a vida do profeta
Maomé, segundo o qual teria dito antes de sua morte que “não pode haver
duas religiões na Península Arábica”, logo, o Islã é a única religião
que pode ser praticada na região.
A declaração de Abdul Aziz Bin
Abdullah não se trata de uma mera opinião, mas de um líder com grande
influência sobre todo o povo islâmico, ele é presidente do Conselho
Supremo dos Ulemas, que congrega os estudiosos islâmicos, o sheikh ainda
compõe o Comitê Permanente para a Investigação Científica e emissão de
fatwas, como presidente, o grupo é responsável pela interpretação da lei
islâmica.
O fato mais preocupante é que líderes
como sheikh Abdullah são irrepreensíveis em seu país, tanto pelo povo,
pelas instituições e pela imprensa.
De acordo com Raymond Ibrahim, membro
associado do Fórum do Oriente Médio e um dos informantes do caso, “a
omissão dos principais meios de comunicação, universidades e da maioria
dos políticos ocidentais sobre o que a Igreja Cristã tem enfrentado nos
países de maioria muçulmana, demonstra o quão voltado o ocidente está
para os seus próprios interesses”, desabafa.
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