sexta-feira, 22 de dezembro de 2017

Fernando Bezerra recebe título de cidadão do Cabo

O senador Fernando Bezerra Coelho (PMDB) recebeu, ontem, o título de cidadão do município do Cabo de Santo Agostinho, na Região Metropolitana do Recife. O prefeito Lula Cabral (PSB) compareceu ao evento, ao lado dos prefeitos de Jaboatão dos Guararapes Anderson Ferreira (PR) e de Olinda Professor Lupércio (SD). O ato reuniu dezenas de lideranças políticas e sociais da RMR.
A comenda foi entregue pelo vice-prefeito da cidade, Keko do Armazém, que havia encaminhado o pedido à Câmara de Vereadores na legislatura anterior, quando era um dos parlamentares.
“Para mim é uma enorme honra ser cidadão de um município tão importante quanto o Cabo de Santo Agostinho. Tenho uma ligação forte com esta cidade, que agora fica ainda mais estreita. Tenho certeza que terei a oportunidade de trabalhar ainda mais, para que os cabenses possam ter mais oportunidades e uma vida melhor”, afirmou Fernando. Ele ressaltou a necessidade de Pernambuco retomar o caminho do desenvolvimento. Nos últimos três anos o Estado perdeu espaços para Ceará e Bahia e hoje apresenta a maior taxa de desemprego do país, atingindo quase 18% da população, bem acima da média nacional, que é de 12%. “Precisamos virar esta página, encerrar de uma vez este ciclo. Pernambuco sempre teve protagonismo no Nordeste e precisa voltar a se desenvolver, gerando novamente empregos para as pessoas”, disse.
No pronunciamento, Keko lembrou a trajetória política do senador, que ao longo de 35 anos de atividade já foi deputado estadual, federal, secretário de estado e ministro. “Fernando ajudou o porto de Suape, que gera milhares de empregos, a se consolidar. Ele trouxe para cá muitas empresas e recursos, tendo um papel fundamental para o nosso crescimento”, destacou o vereador, fazendo referência ao período em que Fernando foi secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado, entre 2007 e 2010, na primeira gestão de Eduardo Campos. O Cabo atualmente é o terceiro maior PIB de Pernambuco e o sétimo mais populoso, com cerca de 200 mil habitantes, segundo dados do IBG
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2017

A charge do dia



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Aposta no potencial de Lula

Ricardo Noblat
O mercado não é de direita, de esquerda ou de centro. É do dinheiro. O que o move unicamente é o interesse em ganhar mais.
Pouco se lhe dá que nome tenha um candidato com chances de se eleger, se o passado o condena ou absolve.
Importa o que ele possa lhe fazer de bem ou de mal. Por isso o mercado investe em candidatos de todas as cores. E sempre investirá.
Não foi o que disse o empresário Marcelo Odebrecht a respeito da ajuda que deu ao senador Aécio Neves (PSDB-MG)?
Marcelo apostou “no potencial” de Aécio contra Dilma nas eleições de 2014. E igualmente no “potencial” de Dilma que acabou reeleita.
Lula pode estar próximo de ser impedido pela Justiça de se candidatar em 2018. Mas, por ora, lidera todas as pesquisas de intenção de voto.
Se não puder ser candidato, indicará um para substitui-lo – provavelmente o ex-governador da Bahia e ex-ministro Jaques Wagner.
Candidato ou não, preso ou solto, Lula será o protagonista de mais uma eleição presidencial – no caso, a sétima de 1989 para cá. Só não foi da eleição de 2014 porque Dilma não deixou.
Lula retribuiu o interesse do mercado por ele dizendo, anteontem, que está mais velho e mais sabido e, por isso, menos radical.
O Lula radical é só para consumo da esquerda, para que ela não o abandone e defenda com entusiasmo.
O que vale e valerá é o Lula negociador, o ex-líder sindical que se entendia com o governo militar de 64 enquanto o criticava nos palanques.

No rumo de 2018: Maia irritado com o concorrente Temer

A cúpula do DEM tem se irritado com as sucessivas insinuações do MDB e agora do próprio presidente Michel Temer de que ele pode concorrer à reeleição em 2018. Acham que isso interdita a construção, a sério, de outro projeto.
O presidente do PP, senador Ciro Nogueira (PI), é hoje o principal entusiasta de uma candidatura de Rodrigo Maia (DEM-RJ) ao Planalto com o apoio do centrão.
Embora tenha dito que vai concluir o mandato e ficar na prefeitura até 2020, pessoas próximas a João Doria garantem que nada mudou. Até março ele decide se deixa o cargo para disputar o comando do governo do Estado –ou algo mais– na eleição de 2018.  


Patriota sobre Bolsonaro: “Quer ser dono do partido”

Apesar de irritado com a fome de Jair Bolsonaro por cargos no partido, o presidente do Patriota, Adilson Barroso, cogita se licenciar do comando da sigla para que o filho do presidenciável, Flávio Bolsonaro, a assuma. Prometeu decidir nesta sexta (22) se topa a troca.
“Ele [Bolsonaro] quer ser dono de partido. Mas não precisa disso para ter a garantia de que será candidato. Tem a minha palavra… Só vou disputar a deputado federal”, diz Barroso.
Na nota em que desmentiu qualquer aceno a Bolsonaro, o PSL/Livres disse que o deputado “representa o autoritarismo e a intolerância (…), sendo a antítese completa das nossas ideias”.  (Daniela Lima – Folha de S.Paulo)

Uma aceno de Lula ao mercado
Lula fez um aceno ao mercado quando disse que não quer ser visto como “radical”. A fala foi uma contrapartida. Há cerca de dois meses, representantes de grandes investidores procuraram a senadora Gleisi Hoffmann (PR), presidente do PT, para uma conversa.
A sigla viu o gesto como um sinal de que o mercado poderia ter decidido reavaliar o impacto de uma eventual eleição de Lula em 2018. Mas o encontro ocorreu antes de o TRF-4 marcar o julgamento do ex-presidente –o que voltou a cercar o pleito de dúvidas.
Advogados e ministros que conhecem os trâmites do TRF-4 arriscam que o voto de ao menos um dos três desembargadores será pela absolvição de Lula.(Daniela Lima – Painel – Folha de S.Paulo)

Aliado deTemer mas rasga elogios a Lula
Presidente do Senado e dirigente da sigla de Temer, Eunício usa 
evento do governo para exaltar Lula
O presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), usou o palanque cearense do maior ato do Minha Casa, Minha Vida já promovido pelo governo de Michel Temerpara exaltar Lula. Durante discurso na entrega de imóveis em Canindé (CE), ele afirmou que “muitas vezes as pessoas não compreendem o que é política”, mas “se não fosse um pernambucano sofrido, se não fosse esse nordestino chamado Luiz Inácio Lula da Silva, não teríamos a transposição das águas do rio São Francisco”.
O elogio ao petista ocorreu durante o mutirão nacional do MCMV, organizado pelo Planalto para entregar 22.500 unidades em todo o país. Ao lado do governador Camilo Santana (PT), Eunício disse que a transposição foi um “presente de Deus e de Lula” –um “nordestino comprometido com a sua gente”.
O presidente do Senado discursou por pouco mais de 15 minutos, mas não citou o nome de Temer nenhuma vez. Tampouco avisou que o evento era promovido pelo atual governo. Ele foi aplaudido todas as vezes que mencionou Lula.
“Faço política com ‘P’ maiúsculo. Estou aqui em parceria, sem medo daqueles que possam nos criticar, sem receio de absolutamente nada”, encerrou Eunício.  (Dacoluna Painel – Folha de S.
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Qual Lula?

Bernardo Mello Franco - Folha de S.Paulo
Duas perguntas rondam a sexta candidatura de Lula à Presidência. A primeira será respondida pela Justiça: ele poderá ou não concorrer? A segunda deve ser feita ao próprio petista: se o seu favoritismo nas pesquisas se confirmar, qual Lula vai governar o país?
O ex-presidente tem dado pistas contraditórias. Em maio, ele subiu o tom dos ataques à Lava Jato e deixou um cheiro de radicalização no ar: "Se eles não me prenderem logo, quem sabe um dia eu mando prendê-los pelas mentiras que eles contam".
A frase soou como uma ameaça autoritária, já que nas democracias só juízes mandam prender. Na semana seguinte, o petista disse ter usado apenas uma "força de expressão".
Apesar do recuo, o tom de confronto persistiu. Em discursos invocados, o ex-presidente distribuiu bordoadas na imprensa, na elite e nos adversários. Parecia uma receita para espantar de vez a classe média, que já vem se distanciando do PT.
Nas últimas semanas, Lula começou a ensaiar uma nova guinada. No dia 4, ele ressuscitou o figurino moderado da campanha de 2002. "Quero voltar Lulinha paz e amor", disse.
Nesta quarta-feira, o petista usou uma rara entrevista coletiva para reforçar a mensagem. Ele prometeu combater o discurso de ódio e "pacificar este país". "Não vou ser mais radical. Estão dizendo que vou ser mais radical. Eu não tenho cara de radical, nem o radicalismo fica bem em mim. Eu tô mais sabido", afirmou.
Como o próprio ex-presidente já se definiu como uma "metamorfose ambulante", convém esperar. Ainda parece cedo para saber qual Lula pretende subir ao palanque em 2018.
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Henrique Meirelles topa ser o candidato do governo, mas está longe de ser bobo. O ministro falou por quase dez minutos na propaganda do PSD. Apresentou o currículo, vendeu otimismo e desejou feliz Natal aos eleitores, mas não citou a palavra "Temer" uma única vez. 

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