sexta-feira, 14 de abril de 2017

A delação do fim do mundo bateu em quatro ex-presidentes, mas o envolvimento com o propinoduto da Odebrecht é devastador e incomparável no caso de Lula
VEJA - Por Rodrigo Rangel
Com os presidentes da República, a relação da Odebrecht tinha uma natureza especial – era a partir da proximidade com eles, afinal, que os negócios se desenvolviam com maior ou menor grau de sucesso. Não por acaso, seis dos presidentes do Brasil desde a redemocratização foram lembrados nos depoimentos prestados na delação do fim do mundo. Uns mais, outros menos.
O caso de Lula é, sem dúvida, o mais constrangedor.
Se os executivos da Odebrecht contaram a verdade, o petista foi capturado pela empreiteira.
Se o que Marcelo Odebrecht disse for confirmado, Lula pode vir a ostentar o título de presidente mais corrupto da história – um mandatário que se submetia ao papel de marionete nas mãos de empresários e, em contrapartida, se locupletava do poder com dinheiro oriundo de esquemas de corrupção.
O Lula que emerge das delações é um político pequeno, que não hesita em receber favores e presentes de empresários, inescrupuloso e capaz de ações ousadas quando o problema envolve poder e dinheiro.
As seis petições contra Lula enviadas pelo ministro Edson Fachin à primeira instância (leia-se juiz Sergio Moro) encorpam uma ficha extensa: Lula é réu em cinco processos, acusado de ter praticado os crimes de lavagem de dinheiro (211 vezes), corrupção passiva (dezessete vezes) e tráfico de influência (quatro vezes), além de organização criminosa e obstrução da Justiça.
No próximo 3 de maio, Lula vai prestar depoimento a Moro, no primeiro encontro frente a frente entre os dois.
A prisão preventiva é um risco cada vez mais real.
Caso ela ocorra, o ex-presidente e o PT já têm um plano para transformar a eventual prisão em um espetacular ato político destinado a incendiar a militância.

Como a Odebrecht passou bilhões pela saia da RF?

Por Renato Riella
A Odebrecht repassou bilhões em dinheiro vivo para políticos bandidos. Felizmente as denúncias estão feitas, muitos vagabundos serão punidos, parte do dinheiro será recuperado... Mas precisa ser feita uma pergunta: como a empresa conseguiu fazer essas operações tão volumosas sem ser descoberta? Nos últimos anos, presto serviços de comunicação a empresas de todo porte. Nenhuma delas consegue me pagar nada sem nota fiscal. Nem ressarcimento de almoço. Nem pequenos custos de gráfica rápida. Já perdi dinheiro porque esqueci de pegar a nota fiscal certinha, com o nome e o CNPJ do cliente. Mas a Odebrecht...
Onde está o controle bancário na movimentação de fortunas?
Pobre coitado que sou, tenho CPF anotado numa operação bancária de apenas R$ 5 mil. A Odebrecht jogou, de um lado para outro, milhões e bilhões, impunemente. Ninguém notou nem anotou nada! Por que a Receita Federal não percebeu esses movimentos monumentais nas contas da Odebrecht e daqueles que receberam este dinheiro? Melhor dizendo: para que serve a Receita Federal, além de se fantasiar de leão para nos assustar?
E assim vai.
Para os pobres mortais, fica demonstrada a falência de todas as estruturas de governo. É imperdoável a falha na fiscalização das movimentações financeiras dessas empresas bandidas. Na próxima semana, vou fazer declaração de Imposto de Renda. Fico pensando: o que posso fazer para me vingar da Receita Federal? Vou descobrir uma fórmula e uma forma. Isso não vai ficar assim

Contrato fictício recebeu para campanha de Aécio

O Globo - Thiago Herdy
Um contrato de projeto de publicidade com o objeto fictício de "aproximar o governo de Angola e a população do país" foi a saída encontrada pela Odebrecht e pelo marqueteiro do senador Aécio Neves (PSDB-MG), Paulo Vasconcelos, para justificar uma contribuição de R$ 3 milhões em caixa 2 para a campanha do tucano à Presidência, em 2014. O pagamento — realizado em duas parcelas de R$ 1,5 milhão — foi repassado pela empreiteira diretamente na conta da PVR Marketing e Propaganda Ltda., empresa do marqueteiro, e não foi declarado à Justiça Eleitoral.

A informação consta dos depoimentos do diretor de Infraestrutura da Odebrecht, Benedicto Júnior, e do superintendente da Odebrecht em Minas Gerais, Sérgio Neves. Segundo os delatores, não foi a primeira vez que isso ocorreu: em 2009 e em 2010, a Odebrecht pagou R$ 1,8 milhões a Vasconcelos, em parcelas mensais de R$ 150 mil, como colaboração para a pré-campanha de Antonio Anastasia (PSDB-MG) ao governo de Minas. Os valores também não passaram pelas contas oficiais. De acordo com os delatores, a época foi criado um contrato com "escopo fictício", no caso, um "plano estratégico de comunicação da Odebrecht".



Vermelhos mais um homicídio
Resultado de imagem para foto de Vermelhos lagoa grande

Estamos vivendo momentos de terro só este estes trimestre já foram mais de quatro homicídio em Vermelhos, a população vive momentos de insegurança, e o mais intrigante é que até o momento não houve uma resposta por parte dos poderes públicos que  traga tranquilidade a população.
Enquanto aguardamos, fica o alerta, "tem cuidado de te mesmo" 2 Timóteo 4,16

quinta-feira, 13 de abril de 2017



charge do dia


Saidão não há

Carlos Chagas
Que manchetes deveriam os jornais de ontem ter preparado, logo depois de conhecida a Lista do Fachin, na véspera:
“FAZER O QUÊ?”, “CONDENAR TODO MUNDO?” “NÃO PERDOAR NINGUÉM!” “COMPLACÊNCIA OU VINGANÇA?” “SÓ ESSES?” “QUEM FICARÁ DE PÉ?” “É O CUSTO DA DEMOCRACIA?”
A verdade é que não dá para aceitar que “NORMALIDADE E TRANQUILIDADE!” sejam solução para anunciar o fim da crise. O país não dormiu, na noite passada, e não dormirá nas próximas.
Há quem aposte na revogação das instituições, quer dizer, no fim do Congresso, dos partidos, das leis e da própria Constituição. Começar de novo quando tudo já terminou e entregar o país ao desconhecido seria pior. O diabo é que alternativa não existe. Para todo lado que se olhe, surgem obstáculos. Só que o pior deles é cruzar os braços.
Não há o que fazer, pois quem jura não haver roubado não merece crédito. E quem admite o roubo, sequer faz sua apologia.
Vai levar tempo até que inquéritos em profusão sejam completados. Acreditar em que todo o poder ao Judiciário resolverá, é  bobagem. Muito menos em que melhor parece imaginar a recuperação dos ladrões. Em suma, saída não há.

Fachin: 2/3 dos da lista investigados por corrupção

Duas em cada três pessoas investigadas no STF (Supremo Tribunal Federal) nos inquéritos abertos com base nas delações da Odebrecht são suspeitas de corrupção – 66 de um total de 98 alvos. Apenas um terço é investigado por caixa dois (31 pessoas), e um caso não foi definido, o do ministro da Indústria, Marcos Pereira (PRB).

Oito investigados são suspeitos também de cometerem outros crimes. No inquérito sobre o ministro Aloysio Nunes (Relações Exteriores) e o senador José Serra, ambos do PSDB, há indícios de crime contra a ordem econômica e fraude a licitação –no caso, o certame para as obras do Rodoanel Sul, em São Paulo.
As mesmas imputações aparecem em um dos inquéritos contra o senador Renan Calheiros (PMDB-AL), investigado junto com Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE).
A apuração sobre o deputado Pedro Paulo (PMDB-RJ) e seu aliado, o ex-prefeito do Rio Eduardo Paes (PMDB), traz, além de corrupção e lavagem, indícios de evasão de divisas.
Os políticos citados negam as irregularidades.
A diferença é fundamental para definir a gravidade de cada infração. Caixa dois é um recurso recebido para campanha e não declarado à Justiça Eleitoral. Já corrupção exige contrapartida, alguma ação ou promessa de agente público para beneficiar a empreiteira, e tem punições mais graves. Os 98 investigados são políticos com foro no STF e pessoas ligadas a eles nos supostos esquemas, como ex-deputados, auxiliares e parentes.
O caixa dois, que não é tipificado como crime na legislação, é enquadrado em um artigo do Código Eleitoral sobre declaração de informação falsa. A pena é considerada branda (até cinco anos de prisão) e, sozinha, não leva à prisão.
Corrupção passiva, praticada por agente público que recebe vantagem indevida, é crime previsto no Código Penal e tem pena de 2 a 12 anos, que pode ser aumentada. Advogados dizem que uma das estratégias de defesa dos investigados será tentar transformar a imputação de corrupção em caixa dois.
Todos os inquéritos autorizados pelo ministro do STF Edson Fachin que investigam corrupção apuram também lavagem de dinheiro –porque, após receber propina, o corrupto precisa dar a ela aparência de legalidade. Os documentos mostram ainda que os valores repassados em contextos de corrupção são muito maiores que os doados, a princípio, como caixa dois.  (Folha de S.Paulo – Reynaldo Turollo JR.)

Coreia do Norte evacua capital para guerra com EUA

De acordo com relatos na mídia, o líder norte-coreano, Kim jong-un, teria ordenado a evacuação imediata de 25% da população de Pyongyang
Da Agência Sputinik
Segundo a notícia divulgada pelo portal Pravda Report, a ordem  prevê que 600 mil pessoas evacuem urgentemente. A publicação destaca que a evacuação é conduzida no contexto de extrema tensão nas relações com os Estados Unidos.
Foi relatado que os abrigos de bomba de Pyongyang não seriam capazes de acomodar toda a população da capital norte-coreana. Portanto, 600 mil pessoas — a maioria indivíduos com antecedentes criminais — terão que deixar Pyongyang para permitir que outros usem abrigos anti-bombas, afirma a edição.  
Ao mesmo tempo, jornalistas estrangeiros que estão em Pyongyang para cobrir o aniversário de 105 anos do ex-líder norte-coreano Kim II-Sung, em 15 de abril, foram orientados a esperar "por um grande dia" amanhã. 
O correspondente do canal NewsAsia, Jeremy Koh, publicou em seu Twitter: "Nos disseram para estarem prontos para sair às 6h20, mas não fazemos ideia do porquê. Além disso, não há telefones celulares permitidos". 
Recentemente, os EUA enviaram um grupo aeronaval de ataque, encabeçado pelo porta-aviões americano USS Carl Vinson, para a região da península da Coreia. A Coreia do Norte, tal como em muitas outras ocasiões, ameaçou a Washington com um ataque 

PSDB está sendo reduzido a pó pelas delações

Lula já era carta fora do baralho antes mesmo da lista do ministro Edson Fachin e da divulgação dos primeiros vídeos com depoimentos à Justiça dos delatores da Odebrecht.

Somente o PT, ameaçado de não disputar a eleição presidencial de 2018 com um candidato forte, ainda acalentava o sonho de poder contar com Lula.
O que ficou estupidamente claro em menos de 48 horas foi que a “delação do fim do mundo” reduziu a pó as chances dos naturais candidatos do PSDB de disputarem a sucessão de Temer.
Aécio Neves, José Serra e Geraldo Alckmin podem ser considerados também cartas fora do baralho. Não correm o risco de ser condenados ou presos antes de 2018. Lula corre, e o risco aumentou.
Mas o estrago provocado na imagem dos três até aqui está sendo devastador. O PSDB sempre poderá dizer que lhe resta pelo menos uma carta na manga da camisa – João Dória, prefeito de São Paulo.
Sim, mas Dória ainda terá que mostrar muito serviço antes de se credenciar a ser candidato a presidente. E se não mostrar? E se o serviço que mostrar não for suficiente? O futuro a Deus pertence.
Sabia-se que Aécio, Serra e Alckmin seriam alvos das delações. Mas o conteúdo delas já conhecido está sendo pior do que a encomenda. A saber, em resumo:
* Aécio recebeu 30 milhões de reais em propina em contas de amigos e empresas no exterior em contrapartida pela atuação dele em favor da Odebrecht na obra da Usina de Santo Antônio, em Rondônia. De acordo com o delator Henrique Valadares, o dinheiro foi depositado em contas de amigos, de pessoas indicadas por Aécio e em trusts. O pagamento foi combinado numa reunião entre Marcelo Odebrecht, Aécio e Valadares no início de 2008, no Palácio das Mangabeiras, sede do governo mineiro.
O nome de Serra foi mencionado por sete delatores da Odebrecht. A cada dois anos, no período de preparação eleitoral, ele procurava a empreiteira para pedir propina em valores sempre milionários. Foi assim em 2004 (R$ 2 milhões), 2006 (R$ 4 milhões), 2008 (R$ 3 milhões) e 2010 (R$ 23,3 milhões). Serra usou duas vezes as mesmas obras do Rodoanel para arrecadar dinheiro. Cobrou R$ 1,2 milhão de propina para Odebrecht ganhar a licitação. E depois fez uma renegociação que prejudicava o contribuinte e favorecia as empreiteiras.
 Um ex-executivo da Odebrecht disse em seu acordo de delação que Alckmin acertou pessoalmente o repasse de R$ 2 milhões via caixa dois da Odebrecht para sua campanha ao governo de São Paulo, em 2010. Carlos Armando Paschoal, que era à época diretor da Odebrecht em São Paulo, contou que Alckmin lhe deu o cartão de visitas de seu cunhado Adhemar Ribeiro, o responsável por receber o dinheiro. É a primeira vez que um delator envolve Alckmin diretamente em acerto de doação ilícita de dinheiro.
Naturalmente, Aécio, Serra e Alckmin negam tudo o que foi dito ou revelado até agora contra eles. Mas até seus aliados mais próximos, mediante o compromisso de não terem seus nomes publicados, reconhecem que eles perderam as condições de disputar o cargo mais alto da República. A não ser...
A não ser que delatores à caça de perdão ou de menos anos de cadeia tenham resolvido mentir.

Temer, Lula e FHC em pacto por sobrevivência política

Nelson Jobim e Gilmar Mendes principais emissários nas conversas
Folha de S.Paulo – Marina Dias

Foi em novembro do ano passado, quando a Lava Jato mostrou poder para atingir novos setores políticos e econômicos, que emissários começaram a costurar um acordo entre dois ex-presidentes e o atual chefe da República.
O objetivo era que Fernando Henrique Cardoso (PSDB), Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Michel Temer (PMDB) liderassem um pacto para a classe política, fragilizada pelo avanço das investigações.
Apartamentos de autoridades e restaurantes sofisticados serviram para que aliados dos líderes políticos discutissem medidas para limitar a operação e impedir que o grupo formado por PSDB, PT e PMDB seja, nas palavras de articuladores desse acordo, exterminado até 2018.
Nas últimas semanas, a Folha ouviu pessoas relacionadas às três partes e a avaliação foi unânime: a Lava Jato, segundo elas, quer eliminar a classe política e abrir espaço para um novo projeto de poder, capitaneado, por exemplo, por aqueles que comandam a investigação.
O bom trânsito com os dois ex-presidentes e com Temer credenciou o ex-ministro do STF Nelson Jobim e o atual ministro da corte Gilmar Mendes como dois dos principais emissários nessas conversas.
Jobim tem falado com todos. Já almoçou com Temer e FHC e marcou de encontrar com Lula nos próximos dias. Gilmar, por sua vez, hoje é próximo ao presidente, que participa de negociações para articular um acordo para a reforma política, diante do debate sobre a criminalização das doações eleitorais.
Este é o ponto que atinge os principais expoentes da política brasileira, inclusive Temer, Lula e FHC, os três citados nas delações de executivos da Odebrecht por recebimento de dinheiro de forma indevida, por exemplo.
As acusações contra Lula e FHC foram encaminhadas a instâncias inferiores pelo relator da Lava Jato no STF, Edson Fachin, visto que ambos não têm foro privilegiado. Temer, por sua vez, apesar de citado em dois inquéritos, não é investigado por sua "imunidade temporária" como presidente.
A convergência entre os três é: se não houver entendimento para assegurar um processo eleitoral "tranquilo" em 2018, aparecerá um "outsider" ou "aventureiro".
O acordo de bastidores passaria pela manutenção de Temer até 2018 e a realização de eleições diretas, em outubro do ano que vem, com a participação de Lula.
A tese de quem está à frente das negociações é que não há tempo para uma condenação em segunda instância do petista até 2018, o que o deixaria inelegível. E, caso exista, garantem, haveria recursos em instâncias superiores.
As conversas, por ora, estão divididas entre as articulações de cúpula, que costuram o pacto para a classe política, e as do Congresso, que buscam medidas práticas para eliminar o que consideram abusos da Lava Jato e fazer uma reforma política.
VOTAÇÕES
Entre o que esses grupos avaliam ser possível votar no Congresso para 2018 estão a aprovação da cláusula de barreira para partidos e o fim das coligações proporcionais.
Isso fortaleceria as siglas do establishment e enfraqueceria nanicos e aventureiros.
Projetos como a anistia ao caixa dois, um novo modelo para o financiamento de campanha eleitoral e até o relaxamento de prisões preventivas, que mantêm encarcerados potenciais delatores para a força-tarefa, também entrariam na lista de medidas.
FHC, Temer e Lula se falaram pessoalmente sobre o assunto em fevereiro, quando os dois primeiros visitaram o petista no hospital onde sua mulher estava internada.
A partir dali, emissários se movimentaram com mais frequência, mas, por ora, não há expectativa de que os três se encontrem novamente.
Mas em público, os agentes têm falado. FHC afirmou que é preciso "serenar os ânimos" e "aceitar o outro". Já havia dito que era preciso fazer "distinções" entre quem recebeu recursos de caixa dois e quem obteve dinheiro para enriquecer. Gilmar Mendes e o ex-ministro da Justiça José Eduardo Cardozo (PT) acompanharam o tucano.
No Congresso, o discurso é ainda mais direto. Parlamentares repetem que é preciso "separar o joio do trigo" e "salvar a política".BlogThis!

terça-feira, 11 de abril de 2017

Saúde de Petrolina realizará mutirão de cirurgias pediátricas


Petrolina conta com 600 crianças a espera de um processo cirúrgico. Para eliminar essa lista, a secretarão municipal de Saúde realizará a partir desse mês diversos mutirões. O primeiro acontece próximo dia 19.
Nesse primeiro momento, aproximadamente 25 crianças passarão pela avaliação médica, nesta quarta-feira (12), às 14h, na Unidade de Atendimento Médico Especializado – AME Policlínica. Do total, 20 crianças serão beneficiadas com a cirurgia.
De acordo com a secretária de saúde, Magnilde Albuquerque, a ação está sendo desenvolvida em parceria com o Hospital Dom Malan/ IMIP. “Encontramos a saúde pública em Petrolina com diversos procedimentos parados, longas filas em todas as áreas. O mutirão é a forma mais rápida de atender a população, eliminando o sofrimento desses pacientes e com isso poder planejar novas ações”, disse a secretária.
A partir do mês de maio os mutirões serão realizados a cada 15 dias, podendo chegar a 40 cirurgias por mês, acrescentou Magnilde. A diretora técnica em saúde, Ana Carolina Freire, que também está à frente da ação, ressaltou a importância do comparecimento aos locais e hora marcada para a realização dos procedimentos.
“É importante que os pais levem suas crianças para esse primeiro momento que é consulta pré-operatória e, posteriormente, para a cirurgia. Ressaltamos que essa ação vem para facilitar o acesso e reduzir a demanda de casos no município”, concluiu

Oposição volta a fiscalizar Governo

Por Mariana Araújo / Jornal do Commercio

Os cem primeiros dias do segundo mandato do prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB), foram lembrados em tom de cobrança por vereadores da oposição, ontem. O grupo usou as redes sociais para divulgar um vídeo em que são mostradas obras paradas ou em atraso, como habitacionais, o Teatro do Parque e outras ações na área cultural, além de queixas na segurança. À tarde, o tema voltou à tona na sessão da Câmara Municipal.
Em uma atuação orquestrada, Marília Arraes (PT), Ivan Moraes (PSOL) e Rinaldo Júnior (PRB) revezaram-se na tribuna, e nos pedidos de aparte, para criticar a gestão socialista. Munida de informações, a líder do governo, Aline Mariano (PMDB), tentou rebater as acusações.
O primeiro a usar a tribuna foi Rinaldo Junior, que tratou da questão da segurança. O vereador lembrou que comandou uma audiência pública sobre o tema e que o secretário de Segurança Urbana, Murilo Cavalcanti (PMDB), não participou. Segundo o vereador, ele alegou que não compareceu porque estaria cuidando do Compaz. “Encontro um Recife que somente Geraldo conhece. O Recife do marketing, o Recife do PSB, o Recife das peças publicitárias”, disse. Em aparte, Ivan Moraes lembrou que a prefeitura tem colaboração na questão de segurança, como manter a iluminação pública e fazer o combate em grupos específicos.
Na tribuna, Ivan Moraes tocou, ainda, na questão da educação, citando a ação do Ministério Público que obriga a prefeitura a oferecer vagas de educação infantil. O vereador do PSOL falou também sobre a Rádio Frei Caneca, que, após anos de luta para que fosse implantada, tem uma programação apenas de música, sem informação pública.
Última a subir na Tribuna, Marília Arraes abordou a habitação. “O déficit habitacional do Recife chega hoje a 60 mil unidades. Essa gestão recebeu diversas obras iniciadas. Para tudo isso, foram recebidos recursos do governo federal e acontece esse abandono”, declarou a vereadora. A petista citou obras como os habitacionais da Vila Brasil, na Joana Bezerra, Sérgio Loreto, no bairro de São José, e H-12, em Campo Grande.
Na sua fala, Aline disse que as críticas da oposição são “descabidas” e os ataques sobre obras atrasadas referem-se a equipamentos novos, como Compaz, Hospital da Mulher, Hospital Veterinário e os novos modelos de escolas de ensino infantil, os Cmeis. Aline sugeriu uma comparação entre as realizações de Geraldo Julio e de gestões anteriores do PT, com João Paulo e João da Costa. “Vamos para a comparação. O que foi feito na Educação, na Saúde, na área de Mobilidade e tantas outras, nesta gestão, e o que foi feito pelo governo do PT? Quero que possamos mostrar aqui os 12 anos do PT e todos os avanços que estamos vivenciando”, afirmou.
CLIMA TENSO
A sessão de ontem foi longa, em relação ao tempo médio das discussões, chegando a três horas de discussões. O clima entre oposição e governo começou a ficar tenso quando Marília Arraes negou um pedido de aparte de Aline Mariano. Em seguida, foi a vez de Marília acusar o vice-líder do governo, Wanderson Florêncio (PSC) de tirar-lhe o microfone para pedir revisão de quórum. O bate-boca atrasou o início da fala de Aline Mariano na tribuna

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