sábado, 7 de maio de 2016

PSDB: Eduardo Cunha não volta mais

Ilimar Franco - O Globo
Os principais líderes do PSDB começaram a negociar a sucessão do presidente da Câmara. Eles concluíram que o afastamento de Eduardo Cunha é definitivo. O nJulgamento da ação penal contra ele deve cair na vala comum da morosidade do Poder Judiciário. Vai demorar anos para que o mérito seja analisado.
Os tucanos já têm até um candidato preferencial, o líder do PSD, Rogério Rosso (foto), que presidiu a Comissão do Impeachment. Mas os tucanos não sabem ainda qual a posição do PMDB sobre a sucessão de Cunha. Na montagem do governo Temer, o PMDB teria a presidência das duas Casas e os líderes do governo seriam das legendas aliadas. Na Câmara, o nome mais forte é o do deputado Rodrigo Maia (DEM).  
Os entendimentos com o Blocão (PP, PSD, PTB, SD e PSC) já estão em curso. Seus integrantes estão constrangidos, pois são os principais aliados de Cunha. Mesmo assim, estão conversando com os tucanos. No Blocão, o principal nome é o do líder do PTB, deputado Jovair Arantes Arantes. Esses entendimentos estão sendo acompanhados pelos conselheiros do presidente eleito. Temer quer um presidente da Casa que seja capaz de colocar para votar e agenda emergencial de seu governo.
Os líderes também não sabem qual a postura e a atitude que serão adotadas por Eduardo Cunha. A realização de eleições depende de vacância do cargo. Cunha entende que isso não ocorreu e, portanto, é incabível um novo pleito. Argumenta que a vacância somente ocorre com a condenação ou a morte do titular. Esse não seria o caso agora, pois a Constituição não prevê vacância em caso de suspensão ou afastamento do mandato. Mas nunca é demais lembrar que o STF tem sido muito criativo ao aplicar a Constituição.

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