quarta-feira, 16 de março de 2011

Marina Silva, senadora e ambientalista, filiada ao Partido Verde (PV), participou de uma entrevista com Regina Casé no programa Esquenta, onde falou sobre o preconceito por ser evangélica.

A candidata do PV à Presidência, Marina Silva, conversa com jornalistas durante visita à Associação Pivi (Projeto de Incentivo à Vida), na capital paulista.
Em seu programa Regina Casé, entre outros assuntos, perguntou à Marina Silva sobre o preconceito religioso que ela disse que sofreu por ser evangélica.
“Eu ouvi uma vez uma pessoa falando assim, ‘poxa eu achava que ela era tão inteligente mas é da Assembléia de Deus,’ ou seja, se é da Assembléia de Deus não pode ser inteligente,” disse Marina.
Isso é uma forma de preconceito, disse ela, “é a mesma coisa que se você por ter fé achar que uma pessoa que não tem fé vai ter algum defeito em relação a você. Você fazer uma comparação, nada mais destoante daquilo que são os princípios da fé cristã.”
Ela explicou que tratando-se do Cristianismo, “Jesus Cristo não tinha preconceito com ninguém,” exemplificando o caso de Maria Madalena e a mulher samaritana.
“Ele conviveu com cobradores de impostos com prostitutas, com todo mundo sem nenhum tipo de preconceito, porque ele achava que a diferença quem fazia era a presença dele no coração das pessoas (sic) e não aquilo que ele pré estabelecesse para qualquer pessoa,” explicou ela.
A senadora do PV afirmou em 2009 que sofria preconceito por ser cristã evangélica e em visita a Washington, ela disse ainda que as pessoas que se opõem às suas idéias costumam distorcer sua opnião qualificando-a como intransigente defensora do criacionismo e contra o aborto.
“Muita gente me diz: como você pode ser tão inteligente se você é evangélica? Eu não sei se isso é um tipo de preconceito, mas acho que há muitos equívocos sobre a minha fé religiosa e minha atuação política.”
Marina tem atraído a atenção da mídia, por seu estilo de vida considerado por muitos ‘exemplar’ e carreira política de numerosos prêmios e honrarias como senadora da República, ministra do Meio Ambiente e mais recentemente ganhando destaque em sua candidatura à presidência da República, defendendo sua posição em assuntos polêmicos.
A senadora foi muitas vezes criticada por suas posições como defender o direito do ensino do criacionismo nas escolas adventistas, por se posicionar contra as pesquisas com células-tronco embrionárias, contra a descriminalização do aborto e contra o casamento homossexual.
No ano passado, a ex-candidata à presidência do país, sendo questionada por esconder a bandeira do arco-íris, símbolo do movimento gay, recebida pelo vereador Sander Simaglio, disse que “política deve ser feita com respeito, sem proselitismo.”
Ela defendeu novamente sua fé cristã, dizendo que sua "conduta moral e ética integram valores da fé cristã, que professo, não discrimino quem quer que seja e defendo plena cidadania para todos. O mesmo espero de todas as outras pessoas, candidatas ou não."

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