quinta-feira, 15 de março de 2012

Polícia detalha operação que prendeu um delegado e mais quatro policiais
Polícia detalha operação que prendeu o delegado Tiago Cardoso, titular da Delegacia da Pirataria, e outros quatro políciais civis. Imagem: Dulce Reis/DP/D.A Press

Secretário de Defesa Social Wilson Damásio fala sobre a prisão do delegado Tiago Cardoso.

A Polícia Civil apresenta nesta quinta-feira o balanço da Operação Corsário, que resultou na prisão de cinco policiais , entre eles Tiago Cardoso, delegado titular da Delegacia de Crimes Contra a Propriedade Imaterial, mais conhecida como Delegacia da Pirataria. A entrevista coletiva acontece às 14h, no auditório do 4º andar da Sede Operacional da Polícia Civil, na Rua da Aurora.
Em um ano e dois meses a Secretaria de Defesa Social (SDS) investigou as denúncias, dando espaço e liberdade para que cinco agentes públicos dessem provas de que estavam deixando de cumprir suas funções e contribuindo com o crime de pirataria no estado. Nesse tempo, a polícia “colecionou” provas, nas palavras do secretário Wilson Damázio, para prender, em casa, na manhã de ontem, o delegado, um comissário, um escrivão e dois agentes de polícia, todos lotados na especializada.
O grupo está sendo apontado como responsável por um esquema criminoso que cobrava propinas a grandes comerciantes que estão sob investigação. Os cinco também são acusados de receber dinheiro de vendedores de mídias piratas para não realizarem prisões e apreensões ou para liberar mercadorias já apreendidas. O grupo começou a ser investigado em janeiro de 2011 depois que um comerciante denunciou à Corregedoria Geral da SDS que teria recebido a proposta de pagar R$ 5 mil aos policiais para ter de volta sua carga de DVDs piratas que havia sido recolhida pela delegacia.

O delegado Tiago Cardoso estava à frente da Delegacia de Pirataria, como a especializada também é chamada, há pouco mais de dois anos. Por mês, recebia um salário de aproximadamente R$ 10 mil, com as gratificações. Além dele, foram presos o comissário Luiz Geovane de Souza, o escrivão Walter Marano de Hollanda Filho e os agentes Márcio José da Silva Paes e Sylvio Roberto Houly Lellis Filho, esse último, irmão da delegada Sylvana Lellis. “Nosso grande trunfo foi deixarmos eles livres por mais de um ano para colecionarmos provas”, ponderou Damázio. Tiago Cardoso e outros três policiais lotados na Delegacia de Pirataria estão sendo investigados pela Corregedoria pela acusação de tortura contra um homem preso em Goiana, em 2010. O delegado Germa no Cunha, que era adjunto de Cardoso, assume como novo titular .
Com informações do Diario de Pernambuco

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