Inconformado com a extensa fila de pessoas à espera de um transplante, o bauruense Blasco Peres Rego redigiu um projeto intitulado “Doações”. Ao longo do texto, o advogado apresenta propostas para o aumento no número de doadores, comenta sobre vidas que foram salvas graças a doações, enumera as vantagens de se reduzir as filas e fala sobre o papel de igrejas e da religião na conscientização das famílias sobre a importância da liberação dos órgãos.
“A única intenção é chamar a atenção das autoridades para a necessidade de redução da fila de espera de transplantes, amenizando, consequentemente, o sofrimento de quem espera e de seus familiares”, diz sobre o projeto que está sendo distribuído pelo autor a autoridades políticas estaduais e federais.
Na última semana, a Secretaria de Estado da Saúde divulgou novos dados referentes a doação de órgãos no Estado de São Paulo. Na última década, os números triplicaram e são considerados expressivos. Foram feitos 2.328 transplantes no ano passado contra 1.975 em 2009. No ano 2000 foram 887 ao todo.
Os transplantes de rim correspondem a mais da metade dos procedimentos executados em 2010 no Estado, chegando a 1.439, seguido pelo de fígado (656), coração (77), pâncreas (99) e pulmão (9). A eficácia no diagnóstico de mortes encefálicas e a notificação de possíveis doadores ainda é considerada um desafio.
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