quarta-feira, 19 de maio de 2010

Palmeiras vai pagar quase R$ 4 milhões a técnicos demitidos

Três treinadores foram demitidos na gestão Luiz Gonzaga Belluzzo, que assumiu no início de 2009, e isso afetará as finanças do clube até dezembro de 2010, um ano e meio depois da saída do primeiro deles, Vanderlei Luxemburgo. Por causa dos acordos das rescisões de Luxemburgo (junho de 2009), Muricy Ramalho (fevereiro de 2010) e Antônio Carlos (na última terça-feira), o clube terá que pagar quase R$ 4 milhões até o final da temporada.

Esse valor equivale à soma do que o clube desembolsa mensalmente. “Parcelamos as saídas do Luxemburgo e do Muricy. Do Antônio Carlos a saída dele foi um consenso, mas vamos arcar com parte do ônus”, disse o vice-presidente de futebol, Gilberto Cipullo. Em entrevista à ESPN Brasil, porém, Antônio Carlos deicou claro que não houve consenso em sua saída.

Os acordos com os três são idênticos: o Palmeiras paga metade do salário que cada um ganhava. No caso de Luxemburgo, são agora R$ 250 mil mensais (ele recebia R$ 500 mil), no de Muricy R$ 230 mil (faturava R$ 460 mil) e Antônio Carlos ainda vai embolsar, sem trabalhar, R$ 75 mil (a metade dos R$ 150 mil). Por mês são R$ 555 mil, o que até dezembro vai custar R$ 3,8 milhões.
Esta prática em contratos com valores altos é praxe no futebol. Quando é feita a rescisão, o clube pode pagar valor à vista inferior à soma da metade dos salários, mas o Palmeiras, em situação financeira delicada, preferiu parcelar e arcar com tudo.
Perfil do novo treinador
Apesar da falta de dinheiro, a diretoria pretende investir alto no novo treinador, já que o perfil que quer é de um profissional experiente. O preferido, o caríssimo Luiz Felipe Scolari, avisou à diretoria que prefere ficar na Europa porque quer estar perto do filho caçula no primeiro ano da faculdade dele, provavelmente em Portugal. E que só voltaria ao Brasil caso não receba proposta satisfatória de algum clube ou seleção européia.
"O Felipão é consagrado, identificado. Se tiver disponível, disposto, conversaremos com ele. Seria muito bom a sua volta. Mas não gosto de iludir ninguém, não gosto de dar esperanças ao torcedor do Palmeiras", confirmou o presidente do clube, Luiz Gonzaga Belluzzo, em entrevista à "Rádio Bandeirantes" nesta quarta-feira.
Sem Felipão, o vice de futebol Gilberto Cipullo admitiu que o clube vai ter que analisar o mercado. Um nome oferecido foi do técnico do Cruzeiro Adilson Batista. Apesar de ele estar empregado, sua situação em Belo Horizonte é delicada e a eliminação para o São Paulo, na Libertadores, pode confirmar sua saída. Outro nome oferecido por empresário foi o de Antônio Lopes, demitido do Atlético-PR em março.

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