segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Pré-campanha de Haddad não deve ter críticas pesadas a Kassab

Opresidente estadual do PT em São Paulo, deputado Edinho Silva, deu a entender neste sábado que, pelo menos no início, a pré-campanha de Fernando Haddad à prefeitura da capital paulista não deve fazer críticas pesadas à administração do prefeito Gilberto Kassab, do PSD, que é aliado do PT em diversas cidades do estado. Edinho e outros 27 petistas participam do conselho político responsável por organizar a candidatura do ministro da Educação em São Paulo. O grupo se reuniu com Fernando Haddad ontem. Edinho e Haddad disseram que a agenda de pré-campanha deve começar em fevereiro, quando o pré-candidato já deve ter saído do ministério.
Edinho disse que o PT vai procurar um ambiente de cordialidade com o PSD.
"Não precisa ser hostil para apresentar alternativas. Você pode apresentar alternativas aos problemas que a sociedade paulistana enfrenta sem ser hostil, sem agressividade", afirmou.
Num primeiro momento, a pré-campanha deve enfocar o diálogo com movimentos sociais que se identificam com o PT e a construção de alianças com partidos da base aliada do governo da presidente Dilma Rousseff.
Haddad afirmou que não sabe exatamente a data em que deixará o ministério, mas já fala em programa de governo.
"A agenda (inicial) será voltada para o diálogo com a sociedade paulistana visando à construção de um programa de governo que dialogue com o desejo de mudança que está se cristalizando. Vai ser pautada no diálogo com movimentos sociais, com os especialistas que já estão nos procurando para colaborar, com a academia e a sociedade civil organizada", disse Haddad.
De acordo com o presidente estadual do PT, deputado Edinho Silva, ao conversar com outras legendas sobre alianças, os petistas vão lembrar que as eleições na capital de São Paulo devem influenciar o pleito de 2014.
"O resultado da eleição na capital de São Paulo vai interferir na construção de 2014. Vamos chamar esses partidos (PMDB e PCdoB) à reflexão, da mesma forma que o PDT, e que os demais aliados do governo da presidente Dilma", disse Edinho.
Edinho também indicou que acha difícil que o peemedebista Gabriel Chalita desista da pré-candidatura.
"Temos que dialogar com o PMDB respeitando muito o PMDB e a pré-candidatura do Chalita. E se não for possível o PMDB estar conosco agora, como tudo indica que não será, temos que manter com eles um diálogo pensando no segundo turno, pensando num projeto maior, porque o PMDB é parceiro fundamental da construção do projeto que está mudando a vida do povo brasileiro", afirmou.
Depois da reunião, o ministro Fernando Haddad falou do desejo que tem de que o publicitário João Santana participe de sua campanha. Santana comandou a propaganda do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da presidente Dilma nas duas últimas eleições presidenciais.
"Não está 100% definido. Ele está no exterior nesse momento, não foi possível o contato. Eu tenho muita simpatia pelo trabalho dele, tenho relacionamento pessoal profícuo. Vamos verificar a possibilidade de agenda", afirmou Haddad.
A senadora Marta Suplicy (PT-SP), que desistiu da pré-candidatura à prefeitura de São Paulo a pedido do ex-presidente Lula, não compareceu à reunião, alegando motivos pessoais. No entanto, outros três petistas que também desistiram de suas pré-candidaturas foram ao evento.



Da agência O Globo

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