Patriota lembra Golpe de 1964 e defende democracia
Os
deputados federais Gonzaga Patriota (PSB) e Antônio Carlos Mendes Thame
(PSDB-SP) participaram, na última terça-feira (1), na TV Câmara, de um
debate sobre os 50 anos do Golpe Militar de 1964. Convidados pela
emissora para discutir os pontos positivos e negativos advindos do
regime, os dois parlamentares lembraram o período e expuseram suas
opiniões sobre um dos mais controversos pontos da história
sócio-política do país.
“Um dos fatores positivos do Golpe de
1964 foi à marca na história do país para que ninguém esqueça e isso
nunca mais aconteça. Não estamos comemorando, mas relembrando o que
fizeram, por exemplo, com [o ex-governador] Miguel Arraes e tantos
outros que lutaram pelo nosso Brasil”, disse Patriota.
O
parlamentar pernambucano relembrou o amordaçamento da imprensa, a
intervenção nos sindicatos e entediantes estudantis e, principalmente, a
corrupção que, naquela época, segundo ele, “existia amplamente, mas era
camuflada, já que ninguém podia denunciar”.
“O grande pacto
político contra a ditadura culminou com a Constituição de 1988. Este
pacto estava cravado sobre duas prioridades: a democracia e a diminuição
da desigualdade social. A Constituição Federal de 1988 é a mais
democrática que o Brasil já teve, tanto pela participação popular quanto
por seu conteúdo. A participação direta do povo na elaboração da carta
marcou seu caráter cidadão”, disse o socialista.
Antônio Carlos
Mendes Thame, por sua vez, afirmou que o Golpe Militar de 1964 teve seus
pontos positivos e negativos. “Foi na época dos militares que surgiu o
proálcool, que foi construído Itaipu, ou seja, há pontos positivos, mas o
que houve de negativo é muito pesado: tivemos inflação absurda - 240%
de inflação -, dívida externa multiplicada por 30 e concentração de
renda”, explicou.
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