terça-feira, 21 de maio de 2013

PEC que prevê fim do voto secreto emperra na Câmara















Aprovada há oito meses no Senado, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que acaba com o voto secreto nas decisões sobre perda de mandato está emperrada na Câmara dos Deputados. De autoria do senador Álvaro Dias (PSDB-PR), a PEC, que tramita desde 2007, andou a passos lentos por cinco anos até que o processo de cassação do senador Demóstenes Torres, acusado de envolvimento com o grupo do bicheiro Carlinhos Cachoeira, deu o embalo que faltava para o assunto ser apreciado no plenário do Senado.

A demora fez com que a votação que decidiu pela perda de mandato de Demóstenes fosse secreta. Na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara desde agosto do ano passado, a PEC recebeu parecer favorável em novembro, mas ainda não foi à votação no colegiado.
Nos próximos meses, a Casa pode se ver obrigada a apreciar pelo menos um processo de cassação. Três deputados federais respondem a processo no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara. A investigação está mais avançada no caso de Carlos Alberto Leréia (PSDB-GO), também suspeito de envolvimento com o bicheiro Carlinhos Cachoeira.
A representação contra Leréia foi feita pela Mesa Diretora da Casa, que aprovou por unanimidade o parecer do deputado Jerônimo Goergen (PP-RS). Segundo o relator, além de amigo, Leréia tinha negócios com o bicheiro. Segundo ele, mais de 100 interceptações telefônicas feitas pela Polícia Federal revelam trocas de favores e repasses de dinheiro de Cachoeira para o tucano. Para Goergen, há indícios suficientes para a cassação.

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