sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Alfabetização de jovens e adultos I

Embora tenha tido “avanços importantes” nos últimos anos, o alcance da Educação de Pessoas Jovens e Adultas (EPJA) ainda é limitado e “não dá respostas às populações mais discriminadas”. É o que aponta a Declaração pelo Direito à Educação das Pessoas Jovens e Adultas, publicada pela Campanha Latino-Americana pelo Direito à Educação (Clade) e pelo Conselho de Educação de Adultos da América Latina (Ceaal), e que destacam a desatenção com “as populações rurais, indígenas e afro-descendentes, migrantes, pessoas em situação de prisão ou com necessidades educativas especiais”. De acordo com o texto, a América Latina e o Caribe ainda carecem de “financiamento, qualidade, institucionalidade e sustentabilidade”. O documento denuncia que cerca de 35 milhões de jovens e adultos latino-americanos e caribenhos não sabem ler e escrever. Dentro da mesma faixa etária, 88 milhões não concluíram os estudos primários.As duas organizações propõem que os governos utilizem, ao menos, 6% de seu PIB (Produto Interno Bruto) com a educação e, desse montante, direcione pelo menos 6% para a EPJA. Para a Clade e o Ceaal, ainda é preciso superar - na América Latina e Caribe - os incentivos à educação básica, política adotada nos anos 1990. Deve-se investir em “políticas de atenção para a alfabetização e a educação de pessoas jovens e adultas”, apontam. Também é necessário, segundo os organismos, dar visibilidade “tanto aos sistemas educativos, como aos espaços comunitários”. As políticas da EPJA “devem estar articuladas à formação para os direitos humanos e a paz, a cidadania e o trabalho e ao bem-estar das comunidades. Se deve reconhecer, incorporar e respeitar o patrimônio cultural das pessoas jovens e adultas, recuperando seus conhecimentos, representações, expectativas e habilidades assim como seu contexto e suas necessidades”,

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