quarta-feira, 23 de setembro de 2009

politicos religiosos divididos

Enquanto a Assembléia de Deus parece marchar separada, a igreja Universal do Reino de Deus, que hoje congrega 3% do eleitorado evangélico do país, deve seguir com Dilma Rousseff.
A congregação teve seu poder político muito reduzido depois do escândalo dós sanguessugas, mas ainda concentra poder econômico e tem influência política. A orientação pró-Dilma está diretamente relacionada à posição do senador Marcelo Crivella (PRB-RJ), forte candidato à reeleição.
A Universal consegue ter essa orientação definitiva em direção a Dilma porque é considerada, entre os evangélicos, uma administração centralizada. Além disso, não está tão difundida quanto a Assembléia de Deus, que, com a igreja católica, tem dificuldades em orientar seus fiéis numa única direção eleitoral.
Em 2002, no entanto, Anthony Garotinho soube usar pelo menos parte da estrutura evangélica em benefício de sua campanha. Sem recursos para a campanha presidencial e sem conseguir empolgar o PSB, seu partido à época, ele aproveitou os templos evangélicos para basear sua campanha eleitoral e alcançou os 10% dos votos nacionais graças a esse público.
Por isso, há uma parte da bancada evangélica que acredita que, se a ex-ministra Marina investir nesse público, terá sucesso. Resta saber se o PV aceitará que sua candidata use toda a estrutura dos templos rumo a 2010 e se a senadora conseguirá fazer com que sua imagem se sobreponha à de Fernando Gabeira. Hoje, os evangélicos estão arredios. Se vão continuar assim, só o calor da campanha dirá.
“É quase impossível que a bancada evangélica abrace uma única candidatura a presidente da República, seja quem for”
Deputado João Campos (PSDB-GO), coordenador da bancada na Câmara e membro da Assembléia de Deus

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Seguidores