sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Irã revela existência de segunda planta de enriquecimento de urânio

Viena, 25 set (EFE).- Irã revelou em carta dirigida à Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) a existência de uma segunda planta de enriquecimento de urânio, informaram hoje em Viena fontes diplomáticas.

"Existe uma carta" do Governo do Teerã, dirigida ao diretor-geral da AIEA, na qual se informa oficialmente sobre tal planta, reconheceu a fonte.

Esta nova instalação, desconhecida até agora, não estaria em funcionamento ainda e seria uma planta experimental, agregaram as fontes ligadas à AIEA.

A agência nuclear da ONU, com sede em capital austríaca, não quis comentar o assunto, que por enquanto não se conhecem mais detalhes.

O diário americano "The New York Times" antecipa em sua edição eletrônica que os líderes dos EUA, França e Reino Unido acusarão hoje ao Irã - perante o início da cúpula do G20 em Pittsburgh (EUA) - de construir uma instalação secreta não declarada aos inspetores da AIEA.

Irã dispõe de uma grande planta de enriquecimento na localidade de Natanz, no centro do país, que se encontra em parte subterrânea para protegê-la de possíveis ataques aéreos.

A existência desta planta foi revelada no verão de 2002 por um grupo opositor iraniano mediante fotos tomadas por satélite.

O Irã assegura que quer produzir urânio enriquecido de forma industrial para fins pacíficos como a geração de energia elétrica.

Por enquanto, tem ali instaladas cerca de 8 mil centrífugas de gás, das que aproximadamente 5 mil se encontram em funcionamento e que produziram já mais de uma tonelada de urânio pouco enriquecido.

Para poder fabricar uma bomba nuclear se necessita urânio altamente enriquecido, que se consegue mediante o mesmo método.

Perante a desconfiança da comunidade internacional às possíveis ambições nucleares do Irã, o Conselho de Segurança da ONU exige há mais de três anos a suspensão do programa de enriquecimento de urânio.

O Conselho de Segurança adotou três resoluções com sanções diplomáticas e comerciais contra o Irã, que este país ignorou.

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