segunda-feira, 15 de julho de 2013

Cremesp: "Dilma declarou guerra contra os médicos"

















As últimas semanas não foram boas para o relacionamento entre governo e médicos brasileiros. Desde que a presidente Dilma Rousseff (PT) anunciou a vinda de médicos estrangeiros sem a necessidade de revalidação de diploma, as relações vão de mal a pior. Tanto que, após o veto da presidente a artigos da lei conhecida como “Ato Médico”, os profissionais marcaram um dia de protestos em todo o país para amanhã, terça-feira (16).

“Nós vivemos em um país preocupante, autoritário. Uma lei que passa por doze anos de debates e discussões no Congresso Nacional é vetada pela presidente. Ao mesmo tempo, o Poder Executivo baixa uma lei através de medida provisória que revoluciona o ensino médico no Brasil sem conversar com ninguém”, critica Renato Azevedo, presidente do Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp). 

A lei que passou doze anos no Congresso Nacional é o chamado “Ato Médico”, que regulamenta a profissão da medicina no país e, entre outros pontos, reservava ao médico a responsabilidade de diagnóstico e tratamento de doenças. Este foi exatamente um dos pontos vetados pela presidente.

A medida provisória do programa “Mais Médicos”, por sua vez, foi anunciada pela presidente na semana passada e determina que estudantes de medicina, antes de seguir para seus anos de residência, passem dois anos atuando no sistema público de saúde.
“Em abril nós estivemos com a presidente e com o ministro [da Saúde, Antônio Padilha]. Eu estive lá no Palácio do Planalto e nós falamos de tudo isso. Entregamos um documento para ela com propostas reais. Nessa reunião, ela nos falou pessoalmente que não iria tomar nenhuma decisão sem antes voltar a conversar. Não voltou a conversar e tomou as decisões que, na verdade, são uma declaração de guerra à medicina brasileira. Nós não aceitamos isso. E vamos lutar por todos os meios”, ameaçou Renato Azevedo.

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