quarta-feira, 3 de julho de 2013

O Brasil dos Brasileiros, Viva o Brasil, viva a luta do povo brasileiro.



O Brasil dos Brasileiros, Viva o Brasil, viva a luta do povo brasileiro.

ADAUTO SSSS.png


O Brasil tem vivido nas últimas semanas, as maiores manifestações populares desde os tempos do impítima do ex-presidente Fernando Collor de Melo.

Somente nas últimas cinco décadas, Três momentos históricos de mobilizações marcaram a trajetória política do país: diretas já, fora Collor e por último as manifestações que continuam acontecendo por todo Brasil.

O que teria despertado a consciência de um povo que em menos de duas semanas levou as ruas, mais de um milhão e meio de pessoas?

O principio das manifestações na capital paulista teve como reivindicação, a revogação do aumento das passagens dos ônibus coletivos que era de R$: 3,00 e foi reajustada para R$: 3,20. A reação violenta da polícia na capital de São Paulo contra os manifestantes chocou a população que ainda teve que ouvir um porta voz da presidência da republica oferecendo apoio da força nacional para combater as manifestações. Como se não bastasse, o prefeito Fernando Haddad e o governador Geraldo Alkimim também foram enfáticos ao descartar qualquer possibilidade de negociação que levasse a revogação do aumento da tarifa.

No principio das manifestações isso ainda parecia ser muito normal em um país ameaçado pela volta da inflação, onde o preconceito e a discriminação ainda predomina, onde a desigualdade social, a miséria e a violência, matam mais do que qualquer guerra. Mas por não está mais “deitado em berço esplendido” não é mais o país do “Tô vendo tudo e fico calado fazendo de conta que sou mudo”.

O contraditório em tudo isso, é que o Brasil como a 6ª potencia na economia mundial, com o PIB que se aproxima dos 5 trilhões por ano, tem sido o país que menos investe em saúde e educação.

O que os governos tem feito no setor produtivo, por exemplo, pelos empresários da fruticultura, colonos dos projetos de irrigação e pelos milhares de trabalhadores integrantes de famílias assentadas nos assentamentos de Reforma Agrária do Sertão do São Francisco. Região que vem sofrendo uma grave crise na produção e que ainda é responsável por mais de 80% das exportações de frutas e vinhos de uva do País. O que tem feito os governos pelos professores da rede pública que leva conhecimento formando profissionais, mas que ganham um salário vergonhoso?

Estariam os governantes fingindo não ouvir ao clamor dos sindicatos, associações, cooperativas e movimentos sociais como a CUT, MST, CONTAG Movimento das Mulheres, Movimentos de Estudantes e tantos outros que unidos às igrejas vem clamando o tempo todo por justiça social?

Em meio aos manifestos, o Governo Federal agora fala em reforma política através de plebiscito, mesmo sabendo que o eleitorado já deu aos parlamentares que compõe o Congresso Nacional, o poder de fazer-la embora esses ainda não tenham feito. Porem se limitam a fazer emendas constitucionais iguais a PEC 37 que limitaria o poder de investigação do Ministério Público, o que os impediria de investigar os crimes cometidos por políticos contra o erário público, uma das emendas mais vergonhosa já votada pela Câmara dos Deputados. Graças a Deus, Reprovada por maioria absoluta dos deputados. Porem a reprovação só ocorreu em função dos protestos até porque no Brasil as Leis só costumam ser aplicada aos pobres.

Esse é o Brasil da inflação camuflada, dos autos salários para poucos, inclusive para políticos a exemplo de prefeitos em cidades com menos de 30 mil habitantes que ganham aproximadamente 20 mil reais, quase igual ao salário da presidente da república. Mas quanto ganha um aposentado ou aposentada trabalhador ou uma trabalhadora que contribuíram com seus impostos durante toda a sua vida? 678 reais, não para viver, mas para sobreviver.

Esse é o país do futebol, de um povo humilde e ordeiro.

Mas ainda continua em destaque na imprensa nacional e internacional, pela indignação e luta do povo contra a miséria, o preconceito, a corrupção, a impunidade, as injustiças e as desigualdades sociais.


Manoel Nogueira de Lima (Adauto)
(Sociólogo)

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Seguidores