terça-feira, 22 de outubro de 2013

Dissidentes de alianças hegemônicas, Eduardo e Armando têm discursos coincidentes

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Desligado da aliança governista, o senador Armando Monteiro (PTB) voltou à cena, após a ressaca do advento “PSB/Rede” ter desacelerado as movimentações em torno da sucessão.
Pré-candidato ao governo, o petebista fez um afago público à gestão de Eduardo Campos. Defendeu a transformação do Pacto pela Vida em política de Estado.
Trata-se do programa de segurança pública do governo de Pernambuco, um dos cartões de visita da pré-candidatura do socialista ao Palácio do Planalto.
Não sem sentido, ações do Pacto foram exibidas no programa de TV do PSB no dia 10.
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Pois bem. Como vem fazendo ao longo da construção do seu projeto, Armando segue a mesma estratégia adotada por Eduardo em relação ao governo federal no processo de consolidação da sua investida presidencial.
Reconhece avanços, mas não deixa de frisar que é necessário ir além. “Não há como desmontar isto (o Pacto), nesta institucionalidade, neste desenho. É claro que mudam os atores. É possível fazer mais, é preciso, com a experiência inclusive que já está aí à disposição”, disse o senador em evento na Fiepe.
O governador, como se sabe, tem usado a mesmíssima ideia para justificar que não faz oposição a ninguém, mas, sim, que está disposto a aprimorar o que vem dando certo.
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Ou seja, mesmo em esfera diferente e não mais na Frente Popular, Armando vai se espelhando no discurso de Eduardo.
Além disso, tenta fragilizar o entendimento de que, ao deixar a base eduardista, tornou-se automaticamente opositor do PSB.
Na verdade, tanto um quanto o outro integraram alianças de governos fortes, com opositores fracos, e se portam como dissidentes que são.
Não podendo negar gestões que respaldaram, propõem fazer mais, melhor, diferente…

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