quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Artigo especial: indicação pode ser prejudicial à educação pública

Em pleno século XXI, a política da troca de voto por cargo público ainda predomina no Brasil. Uma ação que parte dos gabinetes dos gestores públicos pode ser bastante prejudicial à educação pública.
Imagine os senhores pais de alunos, estudantes e professores, que o diretor e demais servidores das secretárias das escolas da sua comunidade, se indicados pelo prefeito, vereador, governador, deputado ou secretario; pode ser simplesmente um cabo eleitoral que nunca teve se quer a vocação de atuar na área de educação.
Em uma recente pesquisa oline e por telefone, este sociólogo ouviu oitenta pessoas entre alunos, professores e pais, distribuídas em 10 prefeituras de cinco estados do Brasil.
Veja o resultado:
81% das escolas municipais incluídas as estaduais nos municípios pesquisados tem seus diretores (a) e equipe de secretaria indicados por prefeitos, vereadores, governadores ou deputados, restando apenas 19% das unidades escolares com seus cargos de direção preenchidos através de eleição direta envolvendo as comunidades.
Nas escolas com diretores indicados por políticos detentores de cargos eletivos, o índice de reprovação das gestões escolares de acordo com a pesquisa é de 78%.  
Uma informação que não constava no questionário da pesquisa, mas que foi abordada por vários entrevistados, foi à existência de pessoas ocupando cargos em secretárias de escolas sem a menor experiência na área de educação. Servidores contratados sob indicação para cargos comissionados que se quer chegaram a concluir o ensino fundamental.
Esta é uma triste realidade que infelizmente entristece os brasileiros que sonham com a transformação do país através da educação. Essa indústria de voto que fere os princípios da educação básica do Brasil é vergonhosa e precisa ser combatida através de Lei federal que obriguem todas as escolas da educação básica a realizar eleição para escolha dos seus diretores entre profissionais da educação, devidamente efetivado.
O gestor público ou parlamentar que se opõe a eleição direta para diretores de escolas. Está se posicionando a favor da desorganização das unidades escolares e conseqüentemente de uma política ultrapassada e antidemocrática do favoritismo e beneficiamento de cabos eleitorais.
Se você cidadão ou cidadã, brasileiro ou brasileira! For uma vitima dessa política de favoritismo, seja aluno, professor, ou pai de aluno, não fique calado. Procure a prefeitura, vá ao governo do estado, ao parlamento e a imprensa. Denuncie, e exija eleição direta para escolha dos diretores da escola da sua comunidade.
Adauto Nogueira

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