quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Jarbas: "Dilma culpa médicos por crise na saúde"
















O senador Jarbas Vasconcelos (PMDB) disse hoje (11) ser favorável à iniciativa do Governo Federal de viabilizar a ida de médicos para as localidades mais pobres e distantes do país, mas acusou a presidente Dilma Rousseff (PT) de tentar responsabilizar a classe médica pela crise na saúde brasileira. “Quem tem responsabilidade política como eu, que já fui prefeito e governador, é obrigado a deixar de lado os radicalismos juvenis e pensar no que é melhor para a população.”

O parlamentar lembrou que o Partido dos Trabalhadores era quem sempre votava contra toda e qualquer proposta quando estava na oposição. “O PT sempre recorreu a últimas instâncias para derrubar projetos e ações que visavam o bem comum, como o Plano Real, a Lei de Responsabilidade Fiscal e o Programa de Reestruturação dos Bancos.”

De acordo com o senador, outro ponto da sua divergência com o Governo Federal, é “a campanha deliberada e manipulativa do PT e de alguns dos seus aliados em responsabilizar a classe médica pela crise na saúde”. “Imaginem se daqui a alguns meses a presidente Dilma Rousseff decidir culpar os engenheiros pelos atrasos nas obras do PAC ou das obras de mobilidade urbana para a Copa do Mundo de 2014. Ou se o PT responsabilizará os policiais pelo crescimento da violência nas grandes cidades”, ironizou.

Jarbas disse que o governo deveria ter proposto o Programa Mais Médicos por meio de projeto de lei e não por medida provisória. “Enquanto a gente aqui [no Senado] e na Câmara dos Deputados discute o projeto, ele já está em plena operação, o que praticamente obriga o Congresso Nacional a acatar o que determinou o Poder Executivo. Essa prática absolutista combina mais com o Estado Novo de Getúlio Vargas ou com os generais-militares da ditadura militar.”

Por fim, o senador levantou questionamentos quanto ao acordo fechado com o governo cubano e disse que esse entendimento não altera o fato de que a gestão petista, muitas vezes, coloca a simpatia ideológica à frente do bom senso.

“Basta lembrar o que disse recentemente o advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, ao afirmar que o governo brasileiro não concederá asilo político aos médicos cubanos, caso alguns deles desejem, no futuro, permanecer no Brasil. Eles serão mandados de volta para a ditadura cubana. Essa posição é inaceitável e mostra o quanto esse acordo precisa ser melhor debatido e aprofundado”, concluiu.

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