Jarbas: "Dilma culpa médicos por crise na saúde"
O
senador Jarbas Vasconcelos (PMDB) disse hoje (11) ser favorável à
iniciativa do Governo Federal de viabilizar a ida de médicos para as
localidades mais pobres e distantes do país, mas acusou a presidente
Dilma Rousseff (PT) de tentar responsabilizar a classe médica pela crise
na saúde brasileira. “Quem tem responsabilidade política como eu, que
já fui prefeito e governador, é obrigado a deixar de lado os
radicalismos juvenis e pensar no que é melhor para a população.”
O
parlamentar lembrou que o Partido dos Trabalhadores era quem sempre
votava contra toda e qualquer proposta quando estava na oposição. “O PT
sempre recorreu a últimas instâncias para derrubar projetos e ações que
visavam o bem comum, como o Plano Real, a Lei de Responsabilidade Fiscal
e o Programa de Reestruturação dos Bancos.”
De acordo com o
senador, outro ponto da sua divergência com o Governo Federal, é “a
campanha deliberada e manipulativa do PT e de alguns dos seus aliados em
responsabilizar a classe médica pela crise na saúde”. “Imaginem se
daqui a alguns meses a presidente Dilma Rousseff decidir culpar os
engenheiros pelos atrasos nas obras do PAC ou das obras de mobilidade
urbana para a Copa do Mundo de 2014. Ou se o PT responsabilizará os
policiais pelo crescimento da violência nas grandes cidades”, ironizou.
Jarbas
disse que o governo deveria ter proposto o Programa Mais Médicos por
meio de projeto de lei e não por medida provisória. “Enquanto a gente
aqui [no Senado] e na Câmara dos Deputados discute o projeto, ele já
está em plena operação, o que praticamente obriga o Congresso Nacional a
acatar o que determinou o Poder Executivo. Essa prática absolutista
combina mais com o Estado Novo de Getúlio Vargas ou com os
generais-militares da ditadura militar.”
Por fim, o senador
levantou questionamentos quanto ao acordo fechado com o governo cubano e
disse que esse entendimento não altera o fato de que a gestão petista,
muitas vezes, coloca a simpatia ideológica à frente do bom senso.
“Basta lembrar o
que disse recentemente o advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, ao
afirmar que o governo brasileiro não concederá asilo político aos
médicos cubanos, caso alguns deles desejem, no futuro, permanecer no
Brasil. Eles serão mandados de volta para a ditadura cubana. Essa
posição é inaceitável e mostra o quanto esse acordo precisa ser melhor
debatido e aprofundado”, concluiu.
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