PSB se aproxima do PSDB para compor palanques para 2014
Além
de entregar à presidente Dilma Rousseff (PT) os cargos que o partido
tinha no Governo Federal, o PSB começa a articular palanques nos estados
visando a candidatura do governador Eduardo Campos ao Palácio do
Planalto, embora o anúncio oficial de candidato próprio para as eleições
do ano que vem só venha a se dar em abril.
Aliado histórico
do PT desde 1989, quando Lula disputou a primeira eleição para
presidente, o PSB está hoje se aproximando muito mais do PSDB do que dos
petistas. O PSB está negociando coligações com o PSDB em dez estados e
onde o partido já administra cidades em conjunto com os tucanos: São
Paulo, Minas Gerais, Paraná, Alagoas, Amazonas, Pará, Piauí, Tocantins,
Pernambuco e Paraíba.
Ou seja,
paralelamente à entrega dos cargos dos ministérios da Integração
Nacional e Secretaria dos Portos, na semana passada, o PSB começa a se
distanciar do PT também nas negociações nos estados, segundo um
dirigente nacional do PSB. Tudo porque os "eduardistas" já dão como
certa a candidatura de Eduardo Campos à Presidência da República.
Os socialistas
entendem que hoje é mais interessante um acordo com Aécio Neves do que
com Dilma Rousseff para 2014. Com Aécio e Eduardo na disputa, será mais
fácil ter segundo turno contra Dilma, sobretudo porque o pernambucano
tomará votos da petista no Nordeste, e Aécio vai tirar votos em Minas e
Rio de Janeiro, viabilizando, assim, o segundo turno.
“No segundo
turno, Dilma terá dificuldades para obter apoios, pois é mais fácil
Aécio vir a apoiar Eduardo, ou o Eduardo apoiar Aécio”, disse a fonte da
direção do PSB, muito ligada ao governador Eduardo Campos, para quem a
candidatura do socialista já está sendo construída com a formação de
palanques regionais.
O principal palanque montado entre o PSB e
PSDB está sendo costurado em São Paulo. O PSDB do governador Geraldo
Alckmin, candidato à reeleição, já teria desistido de ter o PMDB na
vice, porque o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, já teria assegurado a
vaga para disputar o Governo de São Paulo. Sem o PMDB de Skaf, Alckmin
quer ter o PSB em seu palanque estadual e já cogita ter como vice o
deputado Márcio França, presidente estadual do PSB.
“Alckmin, no
entanto, vai empurrar essa definição até as convenções de junho. Para
Alckmin, um palanque duplo com Eduardo é interessante, pois os tucanos
em São Paulo terão dificuldades para engolir a candidatura de Aécio
Neves”, disse a fonte do PSB, lembrando que as conversas sobre a
montagem dos palanques para 2014 ainda estão bem no início.
Nesse
contexto, o PSB se articula com o PSDB em vários estados. “Em Alagoas, o
PSB apoiou o governador tucano Teotônio Villela. No Paraná, o PSB
apoiou o governador Beto Richa, que apoiou o candidato do PSB a prefeito
de Curitiba. Apoiamos Aécio para governador de Minas Gerais e o PSDB
apoiou nosso prefeito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda. No Amazonas,
apoiamos o Arthur Virgilio para prefeito no segundo turno. Na Paraíba, o
PSDB apoiou nosso candidato Ricardo Coutinho, eleito governador”, disse
Carlos Siqueira, secretário-geral do PSB, completando:
“Por
outro lado, o PT e PSB se coligaram nas últimas eleições em 323 cidades.
Somos aliados aos irmãos Viana no Acre há muito tempo. Vamos fechar os
palanques com quem nos der maior espaço nos estados, mas hoje,
realmente, estamos mais perto do PSDB do que estamos do PT .”
Com informações de O Globo.
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