quinta-feira, 27 de março de 2014

Inserções do PSB elevam críticas à Dilma Rousseff


























Reuters.

As inserções do Partido Socialista Brasileiro na TV, que vão ao ar na noite desta quinta-feira (27), elevam o tom das críticas à presidente Dilma Rousseff (PT) e, ao apresentar imagens apenas de um diálogo entre o governador Eduardo Campos e a ex-senadora Marina Silva, tentam “colar” a imagem dela a do socialista para que ele suba nas pesquisas.

Gravado antes da divulgação de novas informações sobre a aquisição pela Petrobras de uma refinaria em Pasadena, nos Estados Unidos, o programa também critica a presidente pela perda de valor de mercado da estatal durante sua gestão.

"Eu vi, em 2010 a presidenta Dilma dizer que ia defender a Petrobras, que o adversário dela ia privatizar a Petrobras. Eu vi, três anos depois, a Petrobras valer metade do que valia. Ou seja, tem meia Petrobras. E dever quatro vezes mais do que devia", ataca o governador num trecho do vídeo.

Numa tentativa clara de evitar um embate direto com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Eduardo e Marina, que foram ministros durante a gestão do petista, centraram suas críticas em Dilma Rousseff e asseguraram que vão garantir as conquistas dos últimos governos. "É inegável que houve avanços [nos últimos anos] e o presidente Lula cuidou de preservar esses avanços. De 2011 para cá, todos nós sabemos que começamos a ver as coisas não darem certo como se imaginava que poderia dar", continua o socialista.

A ex-senadora Marina Silva prossegue com a crítica. "A gente vinha numa trajetória de progresso econômico e social e até com alguns ganhos ambientais, e o que a gente percebe é que estamos numa trajetória de retrocessos", afirma.

Os dois criticam ainda a inflação elevada, o modelo energético, que foi elaborado por Dilma quando era ministra de Minas e Energia, e a falta de disposição da presidente para dialogar com a sociedade. "Ela teve a oportunidade de chegar à Presidência da República, de receber um legado do presidente Lula, com quem nós trabalhamos. Ela poderia ter feito pelo Brasil aquilo que ela se comprometeu a fazer, que era seguir melhorando o Brasil. Não desmanchar o que estava feito e fazer o que restava fazer", alfineta Eduardo.

Aliança - A união entre Eduardo e Marina ocorreu em outubro do ano passado, num lance que surpreendeu a cena política, depois que a ex-senadora não conseguiu criar seu partido, a Rede Sustentabilidade, para se candidatar ao Palácio do Planalto. Os dois então passaram a tentar superar a polêmica sobre quem estará na cabeça da chapa, já que Eduardo preside o PSB, mas Marina, recém filiada, sempre esteve melhor posicionada que ele nas pesquisas.

Após superada a polêmica e definido que Eduardo encabeçará a chapa, tendo Marina como provável vice, a expectativa dos socialistas é que houvesse uma maior transferência da intenção de votos para o governador pernambucano, que até agora as pesquisas não registraram.

Por isso, parte do programa foi produzido para ratificar que os dois estão juntos e que o governador encabeça a chapa. "Sua decisão mudou a política brasileira, uma mulher que tem o respeito do povo brasileiro e do mundo, que teve 20 milhões de votos, dizendo assim: 'eu não estou aqui em busca de candidaturas de partidos para me filiar'", diz Eduardo logo no começo do vídeo.

"O que nos une é o desejo de voltar a fazer o Brasil melhorar", prossegue. "O povo brasileiro já sabe o que quer, ele quer é mudar. Ainda não sabe é que nós estamos juntos para ajudar nessa mudança", acrescenta o governador, que aposta na união com a ex-senadora para se tornar conhecido e chegar ao segundo turno da eleição.

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