segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Rede omite nome dos patrocinadores de Marina

















O processo de criação da Rede Sustentabilidade, partido idealizado pela ex-ministra Marina Silva, já consumiu cerca de R$ 800 mil. A estimativa é que essa cifra aumente em torno de 15% até o prazo final para a formalização da sigla na Justiça Eleitoral, no início de outubro.


A Rede, no entanto, não revela quem são os financiadores desse projeto político. Empresários, intelectuais, profissionais liberais, jornalistas, estudantes e donas de casa estariam entre as pessoas que se dispuseram a bancar o movimento.

Prestar contas nessa etapa de criação do partido não é uma obrigação legal. A Rede Sustentabilidade, no entanto, tem adotado um discurso de transparência e prevê, em seu estatuto, divulgar na internet uma lista de receitas e despesas. De acordo com o deputado Walter Feldman (PSDB-SP), um dos articuladores da sigla, o grupo já trabalha na elaboração de um sistema para divulgar os gastos online. "Tudo que é movimento de caráter político tem de ter divulgação de números, de gastos. A Rede quer fazer isso de maneira total, até antes de ser criada."

Sem falar em cifras, a assessoria do partido confirma que, entre os doadores financeiros, estão nomes ligados às maiores empresas do país, como Neca Setubal, socióloga e herdeira do banco Itaú, e Guilherme Leal, um dos fundadores da Natura.

Mais do que colocar a mão no bolso, Neca Setubal tem usado a sua boa circulação entre os representantes do PIB brasileiro para angariar fundos para a Rede. Em abril, um café da manhã organizado por ela na capital paulista reuniu cerca de 70 empresários que pagaram R$ 700 para ouvir as motivações da ex-senadora.

A classe artística também deu sua contribuição. Em maio, Adriana Calcanhoto, Nando Reis e Arnaldo Antunes fizeram um show em apoio à Rede. Eles não cobraram cachê e a sigla ficou com o dinheiro da bilheteria.

Com esses e outros eventos, a sigla estima ter arrecadado mais de R$ 100 mil. Até o fim do ano, ainda está prevista a organização de um desfile com peças do estilista Ronaldo Fraga e da própria Marina. A ideia é leiloar, no dia do evento, um colar confeccionado pela ex-ministra, acessório do qual não abre mão no dia a dia.

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