terça-feira, 13 de agosto de 2013

Irritado com críticas a seu pai, vereador Betão parte para cima de Ronaldo Silva e é contido por colegas

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O efeito das Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) aprovadas nesta terça-feira (13) pela Casa Plínio Amorim quase provoca cenas de agressão explícita.
Irritado com as críticas a seu pai, ex-vereador Adalberto Bruno, feitas pelo governista Ronaldo Silva (DEM), o integrante da bancada de oposição, Adalberto Filho ‘Betão’ (PSL) partiu para as vias de fato e só não agrediu Ronaldo porque foi contido por outros colegas.
A confusão teve início depois que o governista saiu em defesa de Pedro Fillipe, líder do PSL na Casa, que foi duramente repreendido por Betão por ter votado favorável à CPI para investigar repasses federais – entre 2001 a 2008 – ao antigo Hospital de Urgências e Traumas (HUT).
Betão, que considerou a atitude “uma chantagem” da bancada governista por conta da CPI que vai apurar indícios de irregularidades do São João do Vale nos últimos três anos, disse claramente que Fillipe “mudou de lado”.
Em seu discurso, Ronaldo rebateu Betão ao afirmar que o líder do seu partido compreendeu a importância da CPI do Traumas. Mas quando disse que Fillipe está sendo tratado como “aliado do prefeito”, Ronaldo lembrou que o pai de Betão, Adalberto Bruno, também tomou posicionamento semelhante quando deixou o grupo do então prefeito Guilherme Coelho (PSDB).
O comentário deixou Betão revoltado, que interrompeu o discurso do governista e partiu para tirar satisfações. O líder oposicionista, Ronaldo Cancão (PSL), foi um dos que tentaram acalmar o colega. Somente após alguns minutos, a situação foi contornada. Conduzindo os trabalhos na Mesa Diretora, Cristina Costa disse (PT) criticou a postura de Betão, afirmando que tal atitude “só serve para desgastar a imagem do Legislativo” perante os petrolinenses.
Outro governista, Alvorlande Cruz (PRTB), também não poupou o vereador. “Isso aqui é um parlamento. Precisamos ser educados. O senhor tem de baixar mais a sua bola”, alfinetou. Ao retomar o discurso, Ronaldo Silva ressaltou não ter feito críticas pessoais ao pai de Betão – o qual disse, inclusive, respeitar muito. “O problema é que aqui tem vereadores que sempre criticam, mas quando a gente toca na ferida acham ruim”.
Emoção e lágrimas
Mais calmo, Betão reconheceu ter se excedido e pediu desculpas a Ronaldo e ao público presente à sessão. Ao justificar o momento de ira, o oposicionista desabafou: “Recebi (o comentário) como uma provocação. O calor da emoção me trouxe a esse tipo de discussão”.
Quando se lembrou do seu pai, Betão não se conteve e foi às lágrimas. E garantiu que nos três mandatos de Adalberto Bruno, sua postura na Casa sempre foi íntegra. “Tenho convicção de que não tem quem fale uma vírgula de alguma coisa errada dele, que ele tenha se vendido ou se corrompido, e que não tenha lutado pelo povo de Petrolina”, completou Betão.

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